Foi com imensa tristeza que soube, do fim (espero, provisório) de mais um destino turístico. A Tailândia está em guerra.
Não, não sou hipócrita, também penso nas pessoas que lá estão, que lá vivem e que têm de conviver com o conflito.
Mas, visto daqui, deste lado da trincheira, tenho sobretudo pena de já não poder visitar a Tailândia em segurança.
Segundo o jornal Le Monde:
"Les provinces du Sud, zone économiquement déshéritée où la population est de confession musulmane à environ 90 %, connaissent depuis janvier des violences quasi quotidiennes que le gouvernement a successivement attribuées à des gangsters, des mouvements séparatistes ou des radicaux islamistes liés à des réseaux internationaux. Les membres des forces de l'ordre en ont été les premières victimes, mais des chefs de village, des moines bouddhistes et des civils ont également été abattus ou égorgés, tandis que les touristes étaient aussi visés. Des dizaines d'incendies criminels ont aussi réduit en cendres des bâtiments publics et des écoles."
Bali já era, Nova Iorque é o que sabemos, Madrid para lá caminha, a Turquia nem comentamos, o Sri Lanka começa agora a despertar para o Mundo, em relação ao Egipto começamos a acreditar, e estes são apenas ténues exemplos do que se passa no mundo.
Está a ficar mais pequeno.
O Turismo, considerado por muitos como a economia da paz, vê o seu território limitado.
Não se pode garantir segurança a quem quer visitar zonas de conflito e como tal, a maioria das pessoas conscientes, escolhe outros destinos.
Já não podemos comprar todos os sonhos.
Quer visitar a ilha de Phi-Phi? Talvez daqui a 10 anos quando finalmente se resolverem os conflitos que assolam agora a Tailândia. Por enquanto este destino não faz parte do mundo turístico.
Temos um mundo com manchas baças, que não deixam transparecer o nome das terras que por baixo delas sofrem.
É claro que isto não é obrigatório, quem quiser pode viajar para esses locais, ninguém os proíbe. Aliás existe mesmo um tipo de turismo especializado em teatros de guerra. Verdade!
Mas creio que longe de querer visitar um local, em troca, possivelmente, de uma vida, a maioria das pessoas quererá "dar a vida" para conhecer vários locais.
O mundo está mais pequeno, mas o turismo poderá ajudá-lo a alargar-se, porque, nada melhor para compreender uma civilização do que ter contacto com ela.
A compreensão, muitas das vezes, é a chave para o sucesso, é a estrada para o fim do conflito.
Sem comentários:
Enviar um comentário