abril 21, 2004

Aurora

Começo hoje, mas podia ter sido noutro dia qualquer.
Até porque, não conheço ainda a causa nem o conteúdo deste blog. É mais um p'ró molho e para ser lido casualmente, por alguma mente desorientada com as agruras do trabalho e que aqui caia por engano.
Não sou intelectual, não sou politizada, não sou jornalista nem advogada, sou apenas mais uma com vontade de escrever. E, confesso, com vontade que me leiam. Sim, porque isto de não ligar aos comentários, é uma grande treta. Todos gostam de ser lidos. Faz bem à auto-estima.

Este é um diário de alinhavos, de esboços de ideias, de corte e costura, quando tal seja exigido. Ninguém escapa, nem o Governo, nem os políticos desgovernados, nem os benfiquistas, nem os portistas, nem os sportinguistas (quando as forças supranaturais o exijam), nem os vendedores “qué frô”, nem os calceteiros, os empregados das finanças, as vendedoras da Benetton, os alunos cábulas, os marrões, os tocadores de cravo, as lojas de chinesisses, as peixeiras do Bolhão, os limpa chaminés, os poetas, os prosaicos, o cão da vizinha que ladra durante a noite, os certinhos, os extravagantes, a burocracia, a ostracização, a insularidade, a popularidade, enfim, o mundo, a vida e o que me der na real gana.

E com isto termino com a oração da manhã:

Abençoada internet, filha de ciber e nética, que dás àqueles que não têm papel, livro ou jornal onde possam extravasar as suas euforias, um cantinho de luz, reflexo da modernidade, um espaço de escrita, reflexo da civilização.

Em nome do pai, do filho e de quantos aqui vierem.


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