julho 06, 2004
Meu país...
Ao ler os jornais hoje de manhã, não soube muito bem o que pensar. Estes jogos de esconde-esconde, de empurra-empurra enojam-me. Já não tenho paciência para estes políticos viciados, oportunistas. Estou farta do diz que disse, e do diz que não disse.
Hipócritas! Este país está cheio de hipócritas. E a maior aglomeração está na classe política. Não generalizo, sei que existem boas pessoas, pessoas que se dedicam à política por causas, por quererem de facto mudar o país e não o lugar do afilhado, ou do filho do amigo, mas estes estão em minoria, diria mesmo em "nanoria".
Quando se vislumbram lugares vagos é vê-los a aparecerem de todos os eixos, a mexer, a espezinhar, a iludir quem conseguem. A dizer coisas antagónicas às que tinham anteriormente dito, mas de forma a que todos pensem que estão a dizer o mesmo.
Já não há pachorra!
Senhores! Antes do vosso lugarzinho ao Sol, está por ordem de prioridades uma outra coisa que se chama PAÍS, que tem uma população de 10 milhões de habitantes e que depende, directamente, do trabalho, que vossas excelências façam aí na Puta da Cadeira (vulgo PDC).
Como não acredito neles, como já provaram ao longo destes anos, que não servem para os cargos que ocupam, como conseguiram bater todos os recordes estatísticos no que toca a fraqueza, a incompetência, decidi dirigir-me ao meu País, personifiquei-o, pois ele é o único em quem ainda acredito e que não merece ser tratado da forma que tem sido.
O meu país é como um actor que já foi estrela e que agora vive de ler cartas de Tarot. Não posso permitir!
Onde vais meu país?
Não conseguimos acompanhar-te.
Tua narrativa baralhou-se e,
A própria História tem dificuldade,
Em saber para onde vais,
Que caminhos percorrerás.
Se aqueles da liberdade,
Ou os que escolher Satanás.
Estamos todos perdidos
De ti, da tua loucura,
Não conhecemos os caminhos
Para a desesperada cura.
Iludiste-nos com o circo,
Alimentaste-nos com o pão.
Essa prática já foi outrora
O alento de outra nação.
Mas hoje os tempos são outros
E só de pão não vivemos.
Concede-nos também o conduto,
E tudo o mais que merecemos!
Queremos encontrar-te!
Juntarmo-nos à tua caminhada.
Por caminhos afáveis ou tortuosos,
Até à Glória tão almejada!
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