junho 02, 2004

Quotas para homens? Bolas, como o mundo está mudado!


Fiquei bastante apreensiva, ao ler esta notícia, hoje no Público.

A luta pelos direitos da mulher tem sido uma constante desde meados do século passado, no entanto, agora que vamos ganhando terreno em certas áreas, começa a surgir a dúbia preocupação pela parte da classe masculina.

De acordo com o que li no artigo, não me parecem os argumentos suficientes e válidos para que se criem quotas para travar a entrada de mulheres nos cursos de medicina.

Parece-me sim que está instalado um mau estar na classe médica masculina, habituada a ser dominante, e que vê que o seu domínio irá ser ultrapassado pela classe feminina nos próximos anos.

Pérolas do Bastonário da Ordem, no mesmo artigo:

"O bastonário sabe que, "com o actual sistema de acesso aos cursos de Medicina, entram mais mulheres do que homens" nas faculdades. Para isso conta muito, em seu entender, o facto "de as estudantes terem mais juízo e estudarem mais do que os rapazes".

E que modelo de acesso preferia Germano de Sousa? "Defendo que a nota de candidatura aos cursos de Medicina deve ser de 14 valores e que às notas deve juntar-se outro tipo de provas capazes de evitar que um aluno com notas excelentes e uma má formação geral possa ser um mau médico", esclarece.

(...)

"a maternidade afasta as mulheres do serviço e tira-lhes alguma da capacidade de doação à profissão".

(...)

Uma Medicina "cada vez mais no feminino", sobre a qual Germano de Sousa diz que é preciso "reflectir". "É necessário rever todo o sistema e é fundamental que o Ministério da Ciência e Ensino Superior, bem como o da Saúde, aceitem entrar na discussão", finaliza.


Preocupações de um macho receoso...





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