novembro 02, 2006
outubro 30, 2006
outubro 11, 2006
Dúvida gramatical
"Demasiado pouco" existe?
Ontem no programa "Por Outro Lado", dito pelo convidado caboverdiano.
Ontem no programa "Por Outro Lado", dito pelo convidado caboverdiano.
outubro 06, 2006
BLOGOPUB
Este Blogopub, que já há muito não editava, é particularmente especial.
Venho dar-vos a conhecer um novo blogue que promete, ou não conhecesse eu a autora. Chama-se DAR e vou adicioná-lo na blogosfera ali ao lado, mal tenha tempo de mergulhar nos templates.
A autora assina DSL, e não confundir com LSD, porque ela tem os pés bem assentes na terra e em nada se compara ao produto alucinogénio. DSL é uma amiga, companheira a quem NÃO PERDOO por não me ter avisado que iria iniciar-se neste mundo cibernético e mágico!
Bons posts amiga.
Venho dar-vos a conhecer um novo blogue que promete, ou não conhecesse eu a autora. Chama-se DAR e vou adicioná-lo na blogosfera ali ao lado, mal tenha tempo de mergulhar nos templates.
A autora assina DSL, e não confundir com LSD, porque ela tem os pés bem assentes na terra e em nada se compara ao produto alucinogénio. DSL é uma amiga, companheira a quem NÃO PERDOO por não me ter avisado que iria iniciar-se neste mundo cibernético e mágico!
Bons posts amiga.
outubro 03, 2006
setembro 29, 2006
M: Mãaaae?
Eu: Diz.
M: Sabes quais são os animais mais antigos da terra?
S: Fiuuuu
Eu: (Não querendo fazer má figura) Diz tu.
S: Fiuuuu
M: A vaca e a zebra!
Eu: A vaca e a zebra??? Mas porquê?
S: Fiuuuu
M: Porque ainda são a preto e branco!
(risos)
S: Fiuuuu
S: Olha, mãe, já sei assobiar (ler com pronúncia de "sopinha de massa")
(risos)
Eu: Diz.
M: Sabes quais são os animais mais antigos da terra?
S: Fiuuuu
Eu: (Não querendo fazer má figura) Diz tu.
S: Fiuuuu
M: A vaca e a zebra!
Eu: A vaca e a zebra??? Mas porquê?
S: Fiuuuu
M: Porque ainda são a preto e branco!
(risos)
S: Fiuuuu
S: Olha, mãe, já sei assobiar (ler com pronúncia de "sopinha de massa")
(risos)
setembro 21, 2006
Proporções temporais
Na semana passada aconteceu algo de extraordinário, que não me lembro de me ter acontecido antes. A escola que o meu filho frequenta foi a escola que frequentei há 30 anos atrás.
Este ano a turma do meu filho mudou para o primeiro andar do bloco, precisamente para a sala onde eu há 30 anos aprendi o abecedário e a tabuada.
Ao entrar naquela sala pela primeira vez, depois destes anos todos de interrupção, tive uma sensação excepcional.
Outras pessoas já terão experimentado algo semelhante, mas para mim foi uma estreia, e que estreia!
Fiquei colada ao chão, quase sem poder andar quando me apercebi que aquela sala, que tantas vezes recordo em episódios de infância aí acontecidos, é na realidade minúscula, quando durante todos estes anos a imaginei com as minhas proporções de criança. Imaginei-a grande, enorme, provavelmente como o meu filho agora a vê.
Tudo o resto vai evoluindo, envelhecendo. As proporções não, ficam ali imparáveis, na sua visão de infância, quando se fazem cortes temporais. E o mais curioso desta experiência, é que mesmo agora ao escrever este texto, sobre a dita sala, continuo a imaginá-la enorme, não consigo associar as recordações a outras proporções que não aquelas que já tinha aqui armazenadas no cantinho do cérebro que diz infância.
Tudo o resto vai evoluindo, envelhecendo. As proporções não, ficam ali imparáveis, na sua visão de infância, quando se fazem cortes temporais. E o mais curioso desta experiência, é que mesmo agora ao escrever este texto, sobre a dita sala, continuo a imaginá-la enorme, não consigo associar as recordações a outras proporções que não aquelas que já tinha aqui armazenadas no cantinho do cérebro que diz infância.
Trinta anos de hábitos são difíceis de mudar.
setembro 18, 2006
Arroz de tamboril
Ontem, enquanto fazia o jantar, arroz de tamboril tal como o título do post indica, e uma das minhas especialidades, diga-se de passagem, pensava no novo Sol. Não me perguntem porque é que o peixe me fez lembrar o jornal, mas talvez tenha a ver com os antigos tempos em que as peixeiras utilizavam esse material para embrulhar o produto.
Adiante! Pensava no jornal que até é agradável de se ler, mais barato que o Expresso e realmente muito eclético, tal como o seu director anunciou, vezes sem conta, nas últimas semanas, na grande campanha publicitária que lhe fez. Aliás passa-se da política à cozinha num ar que lhe deu. Enquanto folheamos as páginas vamos do Expresso à Cosmopolitan (e estou a ser generosa, podia ter dito Nova Gente) sem nos darmos conta e sem mudarmos de jornal.
Outro dos grandes cavalos de batalha de Saraiva era o segredo dos deuses que guardava no que dizia respeito aos colaboradores. Para além de ter dado emprego à família Portas, bem como a Margarida Marante, tem entre os seus colaboradores, no geral pessoas de mérito, que eu aprecio, mais que não seja pela sua inteligência, tem entre os seus colaboradores, dizia eu, uma escritora de romances de cordel. Margarida Rebelo Pinto de seu nome que, Sei Lá, não me perguntem porquê, porque nestas coisas Não Há Coincidências, é alguém com quem eu simplesmente embirro. Não a conheço pessoalmente, claro está, não a posso julgar enquanto pessoa, que até será amiga do seu amigo, uma gaja porreira e tudo, e tudo. Mas como escritora acho-a, simplesmente, asna. A sua única inteligência foi descobrir um veio literário que se vende muito na Linha e que lhe permitiu fazer umas boas coroas. Não é que eu seja uma intelectual de gema, mas bolas! gosto que os escritores me espevitem a inteligência, me puxem pelos neurónios, me façam sentir menos inteligente do que o que eu pensava ser. Em suma, gosto de ser massacrada pela leitura, no bom sentido, claro!
Ora a nossa querida amiga Margarida, que até hoje só soube escrever romances de amores falhados (pelo menos os dois que eu li) vem através do Sol, falar-nos de sexo. Sim senhor, de sexo! Sabendo que a base de qualquer relação, quer queiramos, quer não, por muito românticos que sejamos, é o sexo eu só quero ver como é que esta boa conselheira, que até hoje matou não se sabe quantas relações em forma de livro, nos vai dar as boas novas do sexo. Portugueses, tende cuidado.
Resumo: Não comi quase nada ao jantar, não que o arroz não estivesse bom, estava óptimo, mas porque me empanturrei de pão e azeitonas temperadas com limão, alho e tomilho (outra das minhas especialidades) enquanto o preparava.
setembro 13, 2006
setembro 11, 2006
É preciso não esquecer e sobretudo combater
No dia em que faz cinco anos que estávamos todos colados à televisão completamente incrédulos com as imagens reais transmitidas, até aqui típicas de qualquer filme catastrófico holliwoodesco, é importante relembrar o quanto o mundo mudou. É preciso recordar que todos estamos implicados nesta mudança e que também nós podemos fazer algo para combater esta nova forma de guerra, sem território nem exércitos fardados, sem hora marcada nem tréguas.
Terrorismo no dicionário define-se como: “modo de impor a vontade por meio da violência e do terror”. Uma vez que não me incluo nesse formato, nem será pelos mesmos métodos do adversário que tentarei combatê-lo, tento fazer o que está ao meu alcance, sem efeitos colaterais. Hoje parece-me um bom dia para deixar a minha assinatura no Tomarpartido, como acto de protesto para todos e quaisquer tipos de terrorismo.
setembro 01, 2006
Uma árvore inundada de betão
A vida é feita de pequenas coisas às quais nos aconchegamos, como a uma colcha de lã no Inverno. Com um gesto não pensado, mas instintivo, puxamo-la para cima das pernas quando o frio nos desconforta. Coisas, objectos da nossa envolvente, com os quais nos cruzamos diariamente e que imaginamos, inconscientemente, não fazerem parte de nós. Que estão ali, simplesmente, porque é ali o seu lugar. Porém, no encalço de algo mais para além do que verdadeiramente existe, apercebo-me que aqueles objectos ali depositados no meu trajecto de vida, de dia-a-dia, fazem de facto e sem qualquer incerteza, parte do meu ser. Senão, não sentiria esta tristeza autêntica, por ter visto ontem a ser delapidada, tronco a tronco, ramo a ramo, folha a folha, seiva a seiva, uma das árvores que eu mais admirei neste trajecto de vida. Uma árvore centenária, ou talvez até milenar. Quem sabe? Uma árvore solitária no meio do betão da cidade que, provavelmente, não suportou mais o isolamento e as suas raízes desistiram de procurar sustento.
Morreu de pé, na sua majestade e de pé foi a enterrar.
Morreu de pé, na sua majestade e de pé foi a enterrar.
agosto 30, 2006
Top Movies
agosto 28, 2006
Choque tecnológico
Entra hoje em funcionamento o novo Passaporte Electrónico Português (PEP). Uma boa medida, no que diz respeito à segurança de todos. Por ser algo tão mediático, que tem sido tão propagandeado pelo Governo, tem direito a site especial com informações detalhadas e tudo e tudo. (aqui)
Porém, este choque tecnológico, tem um pequeno senão, é que tem um custo electrizante de 60 euros, mais 20 do que o do antigo passaporte.
É o preço da fama!
agosto 24, 2006
Top Movies
agosto 23, 2006
"Há olhos que têm asas"
É o título dado a esta fotografia, pela sua autora, Teresa Rosa, do Cartaxo, vencedora do concurso da National Geographic.
Achei que ficava bem, aqui "pendurada".
Foto: retirada daqui
agosto 22, 2006
Conversa de café, cebolas e datas de aniversário
Se há coisas que me fascinam na blogosfera é a existência desses autores de blogues que nunca se esquecem dos aniversários dos outros blogues. Quando percorro blogues ao acaso, o que me acontece frequentemente, e leio posts do tipo aniversáriodependente, fico pasma com os tiros certeiros. Eu nem do meu me lembro.
Na vida real, sou incapaz de me lembrar dos aniversários (excepto os do mesmo tronco da árvore genealógica, claro). Por muito que estime um amigo, um tio, uma prima afastada, não me consigo lembrar de datas.
Há dois anos, a minha vida mudou ao abrir um presente de aniversário (coincidência). Fiquei pasma com as capacidades tecnológicas da minha nova caixinha de conversa. É que, para além de poder fazer e receber chamadas, tinha uma coisa que se chamava agenda, e que me permitia registar todas as datas importantes (ou não) de amigos, familiares, animais de estimação, superiores hierárquicos e mais que convenha. Passei uma tarde com a minha mãe a memorizar, no meu novo telélé, as datas dos anais da família. Desde aí, nessas datas registadas, às 10h00 em ponto, ele toca e chama-me para o grupo das pessoas que nunca se esquecem. Maravilhas da tecnologia!
No meu grupo de amigos mais próximos, tenho uma amiga que em tudo se assemelha às capacidades tecnológicas do meu novo telemóvel. Nunca esquece datas de aniversário, de casamento, de baptizado, do dia da compra do novo carro, da primeira ida ao dentista, do primeiro corte de cabelo dos filhos dela e dos outros, de pormenores que não lembra ao mafarrico. Uma agenda ambulante que, por vezes, tem reminiscências de Néné Cebola.
Para quem não sabe, e registem este facto importantíssimo, o Néné Cebola era uma personagem cá do burgo que sabia detrás para a frente e de frente para trás a lista telefónica. Noutra terra terá outro nome qualquer, em Tomar era o Néné Cebola.
Na semana passada, depois de uma pesada sessão de ginástica com mais três amigas, entre as quais a de que falei acima, decidimos ir fumar um cigarro e beber um café, para repor o organismo nos limites normais de toxicidade. No meio da conversa, saltou uma data de aniversário para cima da mesa do café, lançada pela tal. Sendo uma data de aniversário de uma pessoa que nem faz parte do nosso grupo de amigos, nenhuma resistiu e tivemos que fazer comentários. “E como é que consegues? E não serás da família do Néné Cebola? Como é que é possível? Etc, etc, etc”.
Durante muito tempo, muitos anos, pensei que se socorresse de uma agenda tipo aquela que eu descobri só há dois anos, mas a verdade é que consegue armazenar, naturalmente, toda aquela informação e expedi-la nas datas correctas, o que causa nos outros um sentimento de fraqueza, de impotência, de extenuação o qual é impossível de combater. Causando ainda uma preocupação constante: a de não esquecer nenhuma data que lhe diga respeito a ela, podendo, tal facto, por em risco uma bela amizade! (Não imaginam os telefonemas que fazemos umas às outras quando uma de nós se lembra de uma data que está próxima).
E por que é que eu escrevi um post para falar disto?
Porque nessa conversa de café, no meio da brincadeira, das bocas que lhe lançámos referentes àquela sua aptidão, quebrou-se um mito que existia já há vários anos, pelo menos há tantos quantos os que dura a nossa amizade.
Ela respondeu:
- E pensam que não é enervante?!!
agosto 21, 2006
Heaven can wait
agosto 18, 2006
Voltei de férias...
Tenho que arrumar a casa! Isto está a precisar de uma vassourada bem dada.
Links desactualizados, posts atrasados, ligações em falta, ... é o que faz termos muito em que pensar, o que fica para último são sempre as limpezas!
Vá, toca a agarrar no aspirador, no pano do pó e deixar tudo cintilante, para este novo ano (eu sei que estamos só em Agosto, mas para mim é um novo ano) começar em grande.
Acho que me vou exceder e até vou comprar um balde de tinta e pinceis e dar uma cor nova a isto tudo!
Até já! Vou ali aos Templates.
julho 28, 2006
julho 21, 2006
...
Não foi ainda há muito tempo que tive um sonho que me perturbou. Eram cinco da tarde, o sol começava a perder o brilho do dia e as sombras davam lugar aos soalheiros recantos do meu jardim. Numa nuvem distante um pássaro voava em direcção ao Sul. Perder-se-ia por esses mundos longínquos repletos de cheiros, de cores, de línguas babilónicas? Sonhei com outra vida, muito para além da minha, onde tudo fazia sentido, onde os passos eram decididos, vigorosos e as ideias claras, límpidas. Tudo batia certo.
A amizade, o amor, eram claros como a água cristalina que brota das nascentes. Havia um sentido único que nos impelia para o fim. Um fim cinéfilo, em que todos viveriam felizes para sempre. Não o fim, tal como nós o encaramos, incerto, misterioso, no qual relutantemente pensamos durante a vida. O caminho era a felicidade, o agradecimento perpétuo por tudo o que nos era oferecido. Uma alegria dominante, uma paz de espírito.
Pensei que se a vida assim fosse, não teria que lutar contra ela, mas por ela. Seria bem mais simples…
Imagem: Cadmus and Harmonia (1877)
A amizade, o amor, eram claros como a água cristalina que brota das nascentes. Havia um sentido único que nos impelia para o fim. Um fim cinéfilo, em que todos viveriam felizes para sempre. Não o fim, tal como nós o encaramos, incerto, misterioso, no qual relutantemente pensamos durante a vida. O caminho era a felicidade, o agradecimento perpétuo por tudo o que nos era oferecido. Uma alegria dominante, uma paz de espírito.
Pensei que se a vida assim fosse, não teria que lutar contra ela, mas por ela. Seria bem mais simples…
Imagem: Cadmus and Harmonia (1877)
junho 08, 2006
maio 18, 2006
abril 28, 2006
abril 27, 2006
Jaquinzinhos sabem bem a qualquer hora do dia
Especialmente quando se trata de um livro.
A editora O Espirito das Leis teve a excelente ideia de publicar em livro os melhores textos do blogue Jaquinzinhos de João Caetano Dias.
Para quem não conheceu o blogue (entretanto entregue pelo seu autor ao espaço cibernético, visto que o mesmo se mudou para o Blasfémias) tem agora uma excelente oportunidade de poder conviver com os "melhores momentos" do mesmo.
A editora O Espirito das Leis teve a excelente ideia de publicar em livro os melhores textos do blogue Jaquinzinhos de João Caetano Dias.
Para quem não conheceu o blogue (entretanto entregue pelo seu autor ao espaço cibernético, visto que o mesmo se mudou para o Blasfémias) tem agora uma excelente oportunidade de poder conviver com os "melhores momentos" do mesmo.
abril 20, 2006
1ª Feira de Saldos de Tomar é em Junho
A Prelúdio, empresa de organização de eventos sedeada em Tomar, vai promover a 1ª Feira de Saldos de Tomar, no renovado Pavilhão Municipal nos próximos dias 16, 17 e 18 de Junho.
Esta Feira que conta com o apoio da Câmara Municipal de Tomar e da ACITOFEBA, será a primeira do género a realizar-se em Tomar.
A organização ressalva o facto de se tratar de uma feira de saldos de produtos acumulados, os vulgarmente denominados stocks, e não uma feira de saldos de época, daí que sejam esperados produtos a preços bastantes convidativos.
Da experiência comprovada em eventos semelhantes, realizados noutras localidades, esta será uma excelente oportunidade para os comerciantes escoarem os produtos acumulados em armazém, e para os visitantes de os adquirirem a preços baixos.
Para além dos expositores presentes, a organização aposta ainda na animação, que será constante ao longo dos dias em que decorrerá o certame.
A um mês para o fecho das inscrições e a apenas uma semana do início das mesmas, a organização conta já com a participação confirmada de mais de um terço do total dos expositores, o que é um sinal de que a Feira terá, sem dúvida, o sucesso esperado.
Para qualquer informação relativa à Feira, contactar: preludio.lda@gmail.com
março 24, 2006
Renascer
Por vezes a vida impede-nos de fazermos o que mais gostamos. Passear na praia, viajar por lugares recônditos, passar horas à conversa com amigos, ler um bom livro, ver um bom filme, ouvir uma boa música, olhando o infinito.
Escrever no meu blogue tem dias em que se insere no parágrafo anterior, tem outros em que nem por isso. Encaro-o como algo que me apetece de vez em quando. Sem obrigações, sem prazos para cumprir, sem satisfações a dar.
Ultimamente não me tem apetecido, nem tenho tido muito tempo para me lembrar dele. Aliás já me apercebi que me lembro mais vezes dele naquelas épocas em que o trabalho não aperta tanto. Nessas épocas, talvez por necessidade de manter a mente ocupada, me lembre mais dele.
Continuo, no entanto, fascinada por este mundo que é a blogosfera. Adoro viajar de um blogue para o outro. Ler sobre os mais variados assuntos, sabendo que aqui não há imparcialidade, porque são as opiniões de individuos que escrevem no seu diário, mesmo sabendo, claro, e até com uma boa dose de vaidade para alguns, que ele será lido por muitos.
Desculpem a modéstia, mas não é o meu caso.
Neste momento, o trabalho ainda aperta, mas não sei se foi a época mais descontraída da Páscoa, se a saudade que já aperta, que me fez voltar. Voltar ao que era, ao que já foi, ao que é, ao que será.
Uma incógnita sempre.
Um livro aberto também.
Uma página favorita marcada num livro de poemas.
Um quadro de que se gosta.
Uma paisagem conhecida.
Um nascer e renascer, qual fénix em tempos cinzas.
Prelúdio
Reteso as cordas desta velha lira,
Tonta viola que de mão em mão
Se afina e desafina, e donde ninguém tira
Senão acordes de inquietação.
Chegou a minha vez, e não hesito:
Quero ao menos falhar em tom agudo.
Cada som como um grito
Que no seu desespero diga tudo.
E arrepelo a cítara divina.
Agora ou nunca - meu refrão antigo.
O destino destina,
Mas o resto é comigo.
Miguel Torga, In Orfeu Rebelde
Escrever no meu blogue tem dias em que se insere no parágrafo anterior, tem outros em que nem por isso. Encaro-o como algo que me apetece de vez em quando. Sem obrigações, sem prazos para cumprir, sem satisfações a dar.
Ultimamente não me tem apetecido, nem tenho tido muito tempo para me lembrar dele. Aliás já me apercebi que me lembro mais vezes dele naquelas épocas em que o trabalho não aperta tanto. Nessas épocas, talvez por necessidade de manter a mente ocupada, me lembre mais dele.
Continuo, no entanto, fascinada por este mundo que é a blogosfera. Adoro viajar de um blogue para o outro. Ler sobre os mais variados assuntos, sabendo que aqui não há imparcialidade, porque são as opiniões de individuos que escrevem no seu diário, mesmo sabendo, claro, e até com uma boa dose de vaidade para alguns, que ele será lido por muitos.
Desculpem a modéstia, mas não é o meu caso.
Neste momento, o trabalho ainda aperta, mas não sei se foi a época mais descontraída da Páscoa, se a saudade que já aperta, que me fez voltar. Voltar ao que era, ao que já foi, ao que é, ao que será.
Uma incógnita sempre.
Um livro aberto também.
Uma página favorita marcada num livro de poemas.
Um quadro de que se gosta.
Uma paisagem conhecida.
Um nascer e renascer, qual fénix em tempos cinzas.
Prelúdio
Reteso as cordas desta velha lira,
Tonta viola que de mão em mão
Se afina e desafina, e donde ninguém tira
Senão acordes de inquietação.
Chegou a minha vez, e não hesito:
Quero ao menos falhar em tom agudo.
Cada som como um grito
Que no seu desespero diga tudo.
E arrepelo a cítara divina.
Agora ou nunca - meu refrão antigo.
O destino destina,
Mas o resto é comigo.
Miguel Torga, In Orfeu Rebelde
fevereiro 10, 2006
Oportunidade de emprego
Freitas dispensa 39 conselheiros e adidos técnicos.
Freitas abre concurso para 20 adidos.
Paradoxos??
Não, se tivermos em conta que os primeiros tinham um rendimento mensal médio que oscilava entre os 9000 e os 12000 euros e os segundos irão auferir um rendimento mensal minímo de 1481.64 euros mais um suplemento de 296.33 euros.
A pergunta que fica é:
Quem é que contratou os primeiros????
Freitas abre concurso para 20 adidos.
Paradoxos??
Não, se tivermos em conta que os primeiros tinham um rendimento mensal médio que oscilava entre os 9000 e os 12000 euros e os segundos irão auferir um rendimento mensal minímo de 1481.64 euros mais um suplemento de 296.33 euros.
A pergunta que fica é:
Quem é que contratou os primeiros????
fevereiro 03, 2006
Gay Pride
Já há alguns dias que não se fala de outro assunto. Jornais, televisões, rádios, na ânsia de não se abafarem uns aos outros, optam por falar sempre da mesma coisa, e por vezes de coisas que não interessam à maior parte dos seus ouvintes.
Sinceramente, não sou conservadora ao ponto de pensar que cada um não é livre de escolher as suas opções. Se existem pessoas que se sentem atraídas por outras do mesmo sexo, acho que o problema é só delas e a opção também. No entanto, tenho mais em que pensar do que saber se devemos ou não permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Aliás, nem percebo como é que os homossexuais estão tão empenhados em ganhar algo de que os heterossexuais estão fartos!
Querem considerar-se iguais. Tudo bem! Quem sou eu para os impedir de terem essas aspirações? Porém, penso que Portugal tem problemas sociais muito mais graves por resolver e em que pensar.
Porquê centrarmo-nos em problemas que, sinceramente, para mim não são problemas. O que ganham com isso os homossexuais? Reconhecimento da classe? Um pedestal? Uma condecoração por terem assumido as suas escolhas sexuais?
Não me levem a mal, mas não estamos aqui a discutir assuntos que irão mudar a vida dessas pessoas. Elas já são reconhecidas pela união de facto. Podem ter uma vida normal (dentro do possível das escolhas que fizeram), excepto no que toca a ter filhos, porque aí, como todos sabemos, e a não ser que haja intervenção divina, será impossível gerar vida.
Esta luta constante para mim não faz sentido, revolta-me. A sociedade já aceitou os homossexuais, convive com eles, é tolerante, mesmo quando fazem questão de fazer paradas provocatórias alusivas ao orgulho de ser gay. Alguma vez alguém viu uma parada de orgulho heterossexual??
Porquê esta constante necessidade de provocar?
A Teresa e a Helena (não consegui distinguir o noivo, mas devia ser aquela que tinha voz de bronco) conseguiram o que queriam, a atenção dos media.
No entanto, o meu apelo ao Governo, é que este incidente não o desconcentre daquilo que todos, homos e heteros, reivindicamos: uma vida digna, uma economia forte, um sistema de saúde que funcione, a garantia de uma velhice tranquila, boas instituições de ensino.
fevereiro 02, 2006
A polémica continua
Ontem por solidariedade vários jornais europeus publicaram os cartoons "malditos", em nome da liberdade de expressão.
"Sim, nós temos o direito de caricaturar Deus", titula o France Soir. No cartoon que ocupa toda a primeira página, o diário francês mostra quatro representações de Deus nas várias religiões que trocam impressões sobre uma nuvem "não te rales Maomé, aqui já fomos todos caricaturados".
Hoje o director do jornal France Soir foi despedido pelo seu proprietário, um franco-egipcío.
Mais aqui e aqui.
"Sim, nós temos o direito de caricaturar Deus", titula o France Soir. No cartoon que ocupa toda a primeira página, o diário francês mostra quatro representações de Deus nas várias religiões que trocam impressões sobre uma nuvem "não te rales Maomé, aqui já fomos todos caricaturados".
Hoje o director do jornal France Soir foi despedido pelo seu proprietário, um franco-egipcío.
Mais aqui e aqui.
fevereiro 01, 2006
Os homens estão loucos, os deuses continuam sãos...
(Deus: Penso que a minha maior criação foi o sentido de humor, a ironia é que aqueles que reclamam que são os que mais acreditam em mim, são os que menos têm)
Século XXI, Planeta Terra (pequeno grão de areia na imensidão do espaço).
A evolução tecnológica registada permite aos seus habitantes contactar o lado oposto do mesmo com um simples click. Milésimos de segundo para comunicarem entre si. A comunicação é lata, evoluiu mais rápido do que qualquer outra ciência e começa a ficar desgovernada.
Noruega: um país nórdico do continente europeu.
Liberdade de expressão: uma das máximas dos seus habitantes.
Setembro de 2005: num jornal nacional são publicados cartoons satíricos sobre o Profeta Maomé. Regista-se uma onda de protestos por parte da comunidade islamica que habita esse País. Nenhum incidente digno de registo.
Janeiro 2006: a revista cristã Magazinet (norueguesa) decide publicar os mesmos cartoons.
A revista chega a todo o mundo islamico: explode uma onda de protestos com ameças de morte, expulsão de norugueses de países islamicos, encerramento de representações diplomáticas, boicotes a produtos noruegueses, ardem bandeiras norueguesas, cresce o ódio.
Li vários artigos sobre o caso que, para mim, sinceramente, me parece ridiculo. Normalmente quando alguém não encaixa bem uma piada, seja ela satírica ou não, é porque existe algum sentimento recalcado que a impede de perceber com clareza. Sentimentos de culpa, de inferioridade, de perseguição, de raiva, de impotência ou muitas vezes um sentimento de revolta por não ter o poder de evitar que lhe façam piadas satíricas sobre algum ponto fraco.
O 11 de Setembro marcou, deixou feridas difíceis de sarar e também acabou por ser injusto para com a generalidade do povo islamico. O fanatismo concedo que não habitará todos os seguidores de Maomé, no entanto, foi em nome dele que as maiores atrocidades dos últimos anos foram executadas. É normal (ou talvez não seja) que se meta tudo no mesmo saco. É normal na espécie humana, que está em constante evolução e ainda não conseguiu atingir o Nirvana. Os defeitos da raça humana, por muitas evoluções que tenhamos tido, continuam todos cá.
Agora observem um dos cartoons que deu origem à polémica:
Tudo por causa disto??
Tendo em conta que o Profeta Maomé pregou a paz com Deus e entre os homens, deverá estar neste momento a dar reviravoltas no túmulo pela reacção descabida. Se os politicos têm poder de encaixe para os ataques satíricos que sofrem diariamente, acham que um Profeta não teria??
Aqui é que é caso para dizer: Pelo amor de Deus!!!!
Aqui é que é caso para dizer: Pelo amor de Deus!!!!
Caso estejam interessados em ver os outros 11 cartoons, cliquem aqui e corram a página até abaixo: BrusselsJournal
E para que não pensem que não existem cartoons satíricos contra a religião cristã aqui fica um deles para que se possam deliciar e rir do mesmo e de nós próprios, pois foi para isso mesmo que foi criado:
É verdade!!...
Caso não tenham reparado os meus amigos benfiquistas lampiões, o SPORTING ganhou, no passado Sábado!! (disfruto, enquanto posso :-)
janeiro 25, 2006
janeiro 24, 2006
Back to "Cavaquistão" (Estou de volta)
A dica que deixei no último post indicava Havana, Cuba.
Voltei no domingo depois de uma semana que me deixou perplexa pela negativa.
Já sabia que iria visitar uma ditadura, já sabia que iria visitar um país pobre, mas a carga negativa que o país transpira superou por demais as minhas piores expectativas.
Este não foi o primeiro país pobre que visitei, no entanto, foi o que mais me chocou.
Talvez sejam os vestígios de uma era dourada, que ainda restam e que nos deixam adivinhar o quanto podemos afundar-nos em ideais.
A lindíssima arquitectura colonial espanhola que se pode admirar em todo o país, completamente desmoronada, degradada, onde vivem famílias sem dinheiro para a remediarem. Os carros americanos (Chevrolets, Buicks, Cadillacs), um “museo volante” como lhe chamam os cubanos, outro desses vestígios de uma época em que o petróleo nascia no jardim. Tudo características de uma Cuba turística, que encanta, mas que demonstra que “El Comandante” deveria abandonar o barco e finalmente oferecer a liberdade que prometeu há mais de 40 anos.
Em Cuba tudo é do Estado, já sabíamos! Mas o Estado, tal como o nosso, não tem condições económicas para poder manter um país inteiro.
Digam-me os mais fervorosos desses ideais comunistas e socialistas se teriam a mesma força de viver se trabalhassem para um ideal que não lhes dá sequer para comer.
Mas a educação e a saúde são gratuitas! Sim, claro, mas quando se tira um curso de medicina para receber 20 euros por mês, não sei se valerá a pena…
Quando se trabalha uma vida inteira para viver numa casa que nunca poderá ser nossa, para ter uma empresa da qual o Estado ficará sempre com 51%, não sei se valerá a pena…
O que Cuba tem de mais valioso é aquele povo afável, alegre e ritmado, que não merece viver oprimido, como vive.
Enquanto o comunismo se manteve na Europa, a Rússia tinha todo o interesse em amparar um país irmão a 200 quilómetros da América, onde a bandeira era altivamente hasteada e quase se conseguia ver do outro lado do canal que a separa da Florida. Era o orgulho de um ideal que, como se veio a constatar, quando caíram muros e se abriram fronteiras, não passava disso mesmo, um ideal, um modelo que não funcionou, que não trouxe nada ao povo, quando deveria ter sido o contrário.
Porém Cuba é orgulhosa, “El Comandante” mais ainda e não vergou, não embarcou num barco chamado Perestroika, sofrendo agora as consequências que facilmente se podem constatar in loco. Aliás, Cuba embarcou nele (Doutrina Sinatra), indirectamente, mas não navegou para o mesmo cais. O barco que vinha sempre recheado, quando mudou de nome começou a vir vazio e esse foi, sem dúvida, o maior problema.
Cuba tem recursos para poder sobreviver sozinha, não duvido, mas as feridas antigas têm de ser saradas, as fronteiras comerciais abertas e as politicas mudadas.
E depois há sempre o reverso da medalha. Quando se vive um ideal em que todos deveriam ser iguais, porque é que existem alguns que “são mais iguais que outros”? Não compreendo. E estou certa que o pobre povo cubano também não compreende. Que não vivem todos em condições iguais, disso fiquei certa, só não consegui compreender o porquê. Talvez alguém mo consiga explicar.
janeiro 09, 2006
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