setembro 18, 2006

Arroz de tamboril


Ontem, enquanto fazia o jantar, arroz de tamboril tal como o título do post indica, e uma das minhas especialidades, diga-se de passagem, pensava no novo Sol. Não me perguntem porque é que o peixe me fez lembrar o jornal, mas talvez tenha a ver com os antigos tempos em que as peixeiras utilizavam esse material para embrulhar o produto.
Adiante! Pensava no jornal que até é agradável de se ler, mais barato que o Expresso e realmente muito eclético, tal como o seu director anunciou, vezes sem conta, nas últimas semanas, na grande campanha publicitária que lhe fez. Aliás passa-se da política à cozinha num ar que lhe deu. Enquanto folheamos as páginas vamos do Expresso à Cosmopolitan (e estou a ser generosa, podia ter dito Nova Gente) sem nos darmos conta e sem mudarmos de jornal.
Outro dos grandes cavalos de batalha de Saraiva era o segredo dos deuses que guardava no que dizia respeito aos colaboradores. Para além de ter dado emprego à família Portas, bem como a Margarida Marante, tem entre os seus colaboradores, no geral pessoas de mérito, que eu aprecio, mais que não seja pela sua inteligência, tem entre os seus colaboradores, dizia eu, uma escritora de romances de cordel. Margarida Rebelo Pinto de seu nome que, Sei Lá, não me perguntem porquê, porque nestas coisas Não Há Coincidências, é alguém com quem eu simplesmente embirro. Não a conheço pessoalmente, claro está, não a posso julgar enquanto pessoa, que até será amiga do seu amigo, uma gaja porreira e tudo, e tudo. Mas como escritora acho-a, simplesmente, asna. A sua única inteligência foi descobrir um veio literário que se vende muito na Linha e que lhe permitiu fazer umas boas coroas. Não é que eu seja uma intelectual de gema, mas bolas! gosto que os escritores me espevitem a inteligência, me puxem pelos neurónios, me façam sentir menos inteligente do que o que eu pensava ser. Em suma, gosto de ser massacrada pela leitura, no bom sentido, claro!

Ora a nossa querida amiga Margarida, que até hoje só soube escrever romances de amores falhados (pelo menos os dois que eu li) vem através do Sol, falar-nos de sexo. Sim senhor, de sexo! Sabendo que a base de qualquer relação, quer queiramos, quer não, por muito românticos que sejamos, é o sexo eu só quero ver como é que esta boa conselheira, que até hoje matou não se sabe quantas relações em forma de livro, nos vai dar as boas novas do sexo. Portugueses, tende cuidado.

Resumo: Não comi quase nada ao jantar, não que o arroz não estivesse bom, estava óptimo, mas porque me empanturrei de pão e azeitonas temperadas com limão, alho e tomilho (outra das minhas especialidades) enquanto o preparava.

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