fevereiro 03, 2006

Gay Pride


Já há alguns dias que não se fala de outro assunto. Jornais, televisões, rádios, na ânsia de não se abafarem uns aos outros, optam por falar sempre da mesma coisa, e por vezes de coisas que não interessam à maior parte dos seus ouvintes.

Sinceramente, não sou conservadora ao ponto de pensar que cada um não é livre de escolher as suas opções. Se existem pessoas que se sentem atraídas por outras do mesmo sexo, acho que o problema é só delas e a opção também. No entanto, tenho mais em que pensar do que saber se devemos ou não permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Aliás, nem percebo como é que os homossexuais estão tão empenhados em ganhar algo de que os heterossexuais estão fartos!

Querem considerar-se iguais. Tudo bem! Quem sou eu para os impedir de terem essas aspirações? Porém, penso que Portugal tem problemas sociais muito mais graves por resolver e em que pensar.

Porquê centrarmo-nos em problemas que, sinceramente, para mim não são problemas. O que ganham com isso os homossexuais? Reconhecimento da classe? Um pedestal? Uma condecoração por terem assumido as suas escolhas sexuais?

Não me levem a mal, mas não estamos aqui a discutir assuntos que irão mudar a vida dessas pessoas. Elas já são reconhecidas pela união de facto. Podem ter uma vida normal (dentro do possível das escolhas que fizeram), excepto no que toca a ter filhos, porque aí, como todos sabemos, e a não ser que haja intervenção divina, será impossível gerar vida.

Esta luta constante para mim não faz sentido, revolta-me. A sociedade já aceitou os homossexuais, convive com eles, é tolerante, mesmo quando fazem questão de fazer paradas provocatórias alusivas ao orgulho de ser gay. Alguma vez alguém viu uma parada de orgulho heterossexual??

Porquê esta constante necessidade de provocar?

A Teresa e a Helena (não consegui distinguir o noivo, mas devia ser aquela que tinha voz de bronco) conseguiram o que queriam, a atenção dos media.

No entanto, o meu apelo ao Governo, é que este incidente não o desconcentre daquilo que todos, homos e heteros, reivindicamos: uma vida digna, uma economia forte, um sistema de saúde que funcione, a garantia de uma velhice tranquila, boas instituições de ensino.

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