Quando chegamos aos quarenta, sentimos mais o peso da responsabilidade. Não só da responsabilidade inerente à nossa vida, aos filhos, aos compromissos, aos projectos que lideramos ou dos quais fazemos parte. Há também uma responsabilidade social que se entranha e que nos faz pensar, agir de forma diferente e talvez mais "socio-conscientemente".
Ontem foi dia de eleições e estive a acompanhar os resultados. Orgulhosamente digo que vários amigos eram candidatos em listas de vários concelhos do País: Vila Real de Santo António, Portimão, Tavira, Rio Maior, Tomar, Santarém, só aqueles de que me lembro e que são amigos mais próximos.
Já enviei os parabéns aos que ganharam, guardarei uma palavra para mais tarde para os que não venceram. Não houve derrotados. Houve falsas tentativas de vitória. Todos são vencedores, porque se preocupam, porque lutam.
Tenho orgulho na minha geração, em ver que somos participativos, que nos importamos, que combatemos mesmo quando sabemos que a batalha está perdida logo à partida.
Tenho pena que ontem, durante todo o dia, aqueles que o meu pai acertadamente chamava de “parasitas” tenham passado o dia nas redes sociais a incitar à abstenção. Aqueles que nada fazem, que não participam, que criticam não propondo alternativas, não apresentando soluções. Os que provavelmente ficaram deitados no sofá, a rir-se dos que se importam, dos que lutam, dos que se sacrificam para tentar, no meio desta neblina escura que paira sobre o nosso País, mudar alguma coisa, abrir um caminho de esperança.
Mas como os que se importam são benevolentes, continuarão a lutar para lhes oferecer, também aos parasitas, um País com mais alternativas e com linhas mais rectas de futuro.
1 comentário:
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