Cheguei na segunda-feira de manhã a Tomar deparei-me com um cenário próprio de apocalipse, o ar irrespirável, a nebina causada pelo fumo, o cheiro a cinzas. Os fogos grassam e consomem todo o verde que nos inunda a paisagem.
A serra que vejo de minha casa está preta, desolante. De dia no horizonte vêem-se os focos de fumo denso, à noite a visão toma formas dantescas. Nublinas vermelhas incandescentes que me assolam, que me cortam a alma, que me fazem querer partir outra vez.
Hoje já se respira melhor, já não tenho aquela sensação claustrofóbica, aquela necessidade de respirar novamente o ar puro que normalmente aqui se respira.
No entanto, lá longe, continuo a ver os focos de fumo denso, ouço os helicópteros, pequenos insectos que tentam sugar a energia demasiado potente do fogo. Ainda cheira a fumo, ...infelizmente....
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